O secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, Aldair da Rocha, disse que o Estado já começou a reagir em relação aos 12 homicídios registrados na Grande Natal
nas últimas 24 horas. O secretário também anunciou a vinda da
secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e de 20 técnicos
do Ministério da Justiça para a implantação do programa do Governo Federal, Brasil Mais Seguro, no RN.
"Já foi dada a ordem para a Polícia Militar reforçar o policiamento,
principalmente nas zonas Oeste e Norte de Natal, e na região
metropolitana, sobretudo em Macaíba. Além disso, os delegados irão se
reunir no final da tarde desta quarta [1º] para intensificar as
investigações dos crimes. E na próxima semana iremos ter a capacitação
com técnicos do Ministério da Justiça, com a implementação do Brasil
Mais Seguro", adiantou o secretário.
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Indagado sobre a quantidade insuficiente de efetivo para o policiamento
ostensivo, o secretário afirmou que o comandante geral da PM, coronel
Francisco Araújo,está resolvendo o problema. "O comandante está usando
diárias operacionais para aumentar o efetivo. Policiais que estão de
folga vão trabalhar. E serão formadas barreiras policiais em locais
estratégicos", garantiu o secretário.
Sobre a onda de violência em Natal e região metropolitana, Aldair da
Rocha afirmou que este crescimento não é novidade. "Esta onda vem desde
julho do ano passado. É uma curva crescente. Está aumentando o numero de
execuções", informou. Como reação, o secretário falou sobre a criação
da força-tarefa. "Em 23 de março, nós reunimos vários seguimentos da
Segurança Pública em prol da resolução dos homicídios. Infelizmente a
força foi suspensa por decisão judicial, mas estamos tentando voltar.
Temos fortes indícios de que agentes públicos estão envolvidos nestes
grupos de extermínios que estão agindo no Rio Grande do Norte", defendeu
o secretário.
Aldair da Rocha acrescentou que para diminuir a violência é preciso uma
colaboração de vários poderes e setores da sociedade. "É preciso que
Ministério Público, Poder Judiciário e Executivo estejam juntos. O
sistema penitenciário também, além da melhoria da parte investigativa. E
os municípios também precisam colaborar, pois ruas escuras, falta de
infraestrutura, terrenos baldios, tudo isso dificulta o trabalho da
polícia", finalizou o secretário.